Alguns distúrbios ocorrem quase que exclusivamente em idosos.
São às vezes chamadas de síndromes geriátricas (geriátrico referem se aos cuidados médicos dos idosos).
Outras doenças afetam a pessoas de todas as idades, mas podem causar sintomas ou complicações diferentes nos idosos.
Alguns exemplos:
A confusão que esses distúrbios causam nos idosos é frequentemente mal interpretada como demência.
As pessoas idosas por norma tem mais de um distúrbio ao mesmo tempo. Cada distúrbio pode afetar o outro. Por exemplo, a depressão pode agravar a demência e uma infeção pode piorar o diabetes.
Entretanto, os distúrbios já não têm os mesmos efeitos incapacitantes ou devastadores que tiveram nos idosos. Os distúrbios que antes podiam resultar em morte para idosos, como ataques cardíacos, fraturas do quadril e pneumonia podem frequentemente ser tratados e controlados. Com o tratamento, muitas pessoas com distúrbios crônicos, como diabetes, distúrbios renais e doença arterial coronariana, podem permanecer funcionais, ativas e independentes.
Procurando a Fonte da Juventude
Todos querem saber como permanecer jovem e viver mais. Os pesquisadores procuram nos genes, células, hormônios, padrões de alimentação, e outros fatores para obterem pistas sobre o que causa o envelhecimento e como preveni-lo ou reduzi-lo. As pesquisas identificaram três estratégias que podem ajudar as pessoas a viverem mais:
As pessoas que se exercitam são mais saudáveis do que aquelas que não se exercitam. Os exercícios têm muitos benefícios estabelecidos para a saúde: melhorar e manter a capacidade de fazer atividades diárias, manter um peso saudável, e ajudar a prevenir ou postergar os distúrbios, como doença arterial coronariana, câncer, diabetes, declínio cognitivo e morte precoce. De todos os tipos de exercício, os de resistência (p. ex., caminhar, andar de bicicleta, dançar, nadar e praticar exercícios aeróbicos de baixo impacto) são os que trazem os mais benefícios para a saúde dos idosos. Programas de exercícios mais extenuantes do que caminhar podem incluir qualquer combinação dos quatro tipos de exercícios: resistência, fortalecimento muscular, treinamento de equilíbrio (por exemplo, tai chi) e flexibilidade. Dependendo do estado de saúde da pessoa e do nível de preparação física, as pessoas devem poder selecionar as atividades que apreciam, mas ser incentivadas a incluir todos os quatro tipos de exercícios.
As pessoas que têm uma dieta de baixo teor de gordura que inclui muitas frutas e verduras são mais saudáveis do que as pessoas que comem mais gordura e amido. Também as pessoas que vivem em países mediterrâneos e consomem a chamada dieta mediterrânea parecem viver mais tempo. Esta dieta é geralmente considerada mais saudável do que as dietas no norte da Europa e dos Estados Unidos porque consiste em mais grãos, mais frutas, verduras, legumes, nozes e peixes e menos carne vermelha. Além disso, a principal gordura consumida é o azeite. O azeite contém muitas vitaminas e é monoinsaturado e não saturado. As gorduras monoinsaturadas não aumentam o colesterol da forma como as saturadas o fazem. Atualmente, há evidências em estudos randomizados de que uma dieta mediterrânea reduz ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, morte cardiovascular e o desenvolvimento de diabetes. Consequentemente, a maioria dos especialistas recomenda a adesão a esta dieta.
Seguir uma dieta baixa em gorduras durante a vida pode levar a uma vida mais longa, possivelmente porque diminui o metabolismo do corpo, reduz o número de certas substâncias prejudiciais no corpo, ou ambos. Essas substâncias prejudiciais, chamadas radicais livres, são subprodutos da atividade normal das células. Acredita-se que o prejuízo às células pelos radicais livres contribua para o envelhecimento e para distúrbios como doença arterial coronariana e câncer. Mas não foram feitos estudos em pessoas para testar se uma dieta de baixo teor calórico poderia prolongar a vida.
Essas três estratégias exigiriam uma mudança importante no estilo de vida para a maior parte das pessoas. Consequentemente, muitas pessoas procuram por outras formas menos exigentes para prevenir ou reduzir o envelhecimento. Por exemplo, eles procuram outras formas para gerenciar os radicais livres. As substâncias chamadas antioxidantes podem neutralizar os radicais livres e, teoricamente, ajudar a prevenir os danos nas células. As vitaminas C e E são antioxidantes. Por isso, algumas pessoas consomem grandes quantidades dessas vitaminas como suplementos na esperança de reduzir o processo de envelhecimento. Outros antioxidantes, como o beta caroteno (uma forma de vitamina A), são às vezes consumidos como suplementos. Em teoria, faz sentido usar antioxidantes para prevenir o envelhecimento. No entanto, os médicos perceberam que o corpo às vezes usa os radicais livres de formas benéficas – por exemplo, como parte do sistema de defesa imunológico. Portanto, também há motivos para acreditar que a ingestão de grandes quantidades de antioxidantes pode não ser útil, havendo inclusive evidências de que doses elevadas de vitamina E podem ser prejudiciais. Em qualquer caso, nenhum estudo mostrou que os antioxidantes consumidos como suplementos previnem ou reduzem o envelhecimento. Também há evidências diretas de que os antioxidantes consumidos como suplementos não protegem contra doenças, como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou câncer, nem aumentam a expectativa de vida. Além disso, não se provou que tais suplementos sejam inofensivos.
Os níveis de alguns hormônios diminuem com a idade. Assim, as pessoas podem tentar retardar ou reduzir o envelhecimento consumindo suplementos desses hormônios. Exemplos são a testosterona, o estrogênio, a DHEA (deidroepiandrosterona), o hormônio do crescimento humano e a melatonina. Mas não há evidência de que os suplementos hormonais tenham qualquer efeito sobre o envelhecimento, e alguns deles têm riscos conhecidos. Alguns especialistas acreditam ainda que a redução em certos níveis hormonais pode, na verdade, prolongar a vida ao reduzir o metabolismo do corpo.
Algumas pessoas acreditam que as práticas orientais como ioga, tai chi e qigong podem prolongar a vida. Essas práticas são baseadas no princípio de que a saúde envolve a pessoa como um todo (físico, emocional, mental e espiritual) e o equilíbrio com o corpo. As práticas podem incluir relaxamento, técnicas de respiração, dieta e meditação, assim como exercícios. Elas são seguras para idosos e provavelmente fazem nos sentir-se melhor. Mas se essas práticas prolongam a vida é difícil provar