Por definição, a Hipertensão é a elevação da pressão arterial acima dos valores considerados normais. Ocorre quando há uma pressão excessiva do sangue na parede das artérias durante a sua circulação. Pode aumentar em determinados momentos, como exemplo, esforços físicos ou emocionais, e depois é natural que os seus valores voltem aos níveis normais.
Esta patologia só é grave e causa problemas de saúde quando permanece elevada ao longo de meses, ou quando aumenta subitamente.
É importante saber que a tensão tem tendência a subir com a idade. Contudo, a hipertensão não deve ser considerada normal nos idosos.
Como regra, considera-se estar na presença de hipertensão arterial, quando a pressão máxima é maior ou igual a 160 mmHge/ou a pressão mínima é maior ou igual a 95 mmHge.
A hipertensão arterial associa-se tanto à doença coronária, como ao acidente vascular cerebral (AVC) e à insuficiência cardíaca e é o fator de risco cardiovascular modificável mais frequente, pois as doenças cardiovasculares são a causa de morte de, pelo menos, 34,1% da população portuguesa.
Estima-se que a prevalência de hipertensão arterial na população adulta portuguesa seja de 42,1%, estando apenas 39,0% destes doentes medicados com fármacos anti hipertensores e só 11,2% estão controlados.
Nos primeiros anos, não provoca quaisquer sintomas. Mas com o decorrer do tempo, a pressão arterial acaba por lesar os vasos sanguíneos e os principais órgãos do organismo, como o cérebro, o coração e os rins provocando dores de cabeça, tonturas, zumbidos e aumento da frequência cardíaca.
As principais doenças associadas à hipertensão arterial são o AVC, a angina de peito, o enfarte do miocárdio, a aterosclerose, a insuficiência cardíaca e renal.
Estima-se que, cerca de 90% dos casos, estão relacionados com os hábitos de vida:
O diagnóstico de hipertensão arterial requer a medição de uma pressão arterial elevada em três ocasiões diferentes ao longo de um período de uma semana ou mais.
Uma vez confirmada a sua existência, devem ser também realizados outros exames que ajudem a entender a sua origem e/ou as complicações a ela associadas.
O seu tratamento depende da gravidade. Por exemplo, pessoas com uma hipertensão moderada podem controlá-la com a simples alteração de alguns hábitos de vida, tais como a redução do consumo de sal e de álcool, o controlo do peso, a prática regular de exercício físico e deixar de fumar.
Existem diversos medicamentos disponíveis para o tratamento da hipertensão arterial que podem ser utilizados isoladamente ou em combinação. Cabe ao médico decidir qual o melhor tratamento para cada situação.
Uma vez que a maioria dos casos tem a sua origem no estilo de vida, importa que este seja saudável.
Fontes:
– Nuno Cortez-Dias e col., Prevalência e Padrões de Tratamento da Hipertensão Arterial nos Cuidados de Saúde Primários em Portugal. Resultados do Estudo VALSIM, Rev Port Cardiol 2009; 28 (5): 499-523
– Carlos Martins, Hipertensão Arterial, Núcleo de Actividades Preventivas da APMCG, Departamento de Clínica Geral da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
– Associação Portuguesa de Medicina Preventiva, 2013
– The Johns Hopkins University, 2013
Colaborou com este post Paula Costinha, que é Sports Mental Coach.